UFC 137 : A Despedida de Uma Lenda

















E foi como lenda que era...

Na madrugada do ultimo sábado tivemos o UFC 137. 


Ao contrário de muitos outros UFC’s o evento mais esperado da noite não era a luta principal entre Georges St. Pierre e Nick Diaz e nem mesmo seria caso essa luta fosse realizada com os lutadores selecionados de primeira: Georges e BJ Penn (atual campeão dos pesos meio médios do UFC ). 


Isso mesmo caro leitor, nem mesmo com a disputa do título dos meio médios essa seria a luta mais importante. Isso porque havia uma luta com muito mais enredo, mais história e muito mais decisiva na noite. Uma lenda viva, multicampeão, nocautes incríveis na bagagem e muitas e muitas vitórias fantásticas. 


A luta foi localizada no Mandalay Bay em plena Las Vegas no estado de Nevada nos EUA, ele lutava contra um lutador da casa: Roy Nelson, de Las Vegas, motivos mais do que suficientes para o apoio implacável da torcida. Ele era Mirko “CroCop” Filipovic, um atleta que ultrapassa as fronteiras de tanta história que possui, títulos e mais títulos.


Mas vamos a luta, que começou com Roy Nelson dominando o primeiro round. No segundo round pareceu que as coisas iriam mudar, Crocop teve um lampejo que fez todos lembrarem dos seus tempos de campeão do “Pride” e pensarem que ia liquidar a luta, mas Roy reverteu terminou por cima o segundo e no terceiro e ultimo round, Mirko voltou meio assustado. 


Após um bom golpe encaixado por Roy, ele sentiu a pancada, abriu a guarda e numa tentativa desesperada de se manter na luta e evitar golpes com a guarda aberta tenta derrubar Roy Nelson, que pesa 114 kilos. Roy monta no croata e bate até o juiz terminar a luta por nocaute técnico. Até aí tudo bem, nada de anormal para uma luta de MMA entre dois lutadores top de linha, só que após o fim da luta as coisas estranhas começaram a acontecer.


Ao comemorar Roy Nelson foi vaiado, tamanho era o apoio para o veterano Crocop, que havia dito nas semanas anteriores que aquela poderia ser sua ultima luta, Roy foi entrevistado falou, falou e falou, mas todos reparavam numa coisa incomum, o derrotado, que normalmente sai do ringue e vai para o vestiário ainda estava la dentro, esperando e de cabeça baixa. 


Roy terminou a entrevista e a de Crocop começou. Particularmente para mim que cresci vendo as lutas do cara e o tenho como ídolo, foi realmente tocante vê-lo daquele jeito, de cabeça baixa, visivelmente abatido, não olhava direto pra câmera e quase chorando avisava que ali terminava sua carreira se desculpando com o público pela derrota. Ovacionado pelos fãs, como que tentando dizer que não eram necessárias desculpas, ele finalizou uma carreira vitoriosa e digna de Hall da Fama das lutas.


E lá se foi. Como todo atleta que uma hora percebe que seu corpo já não agüenta mais o esforço do seu esporte. E foi como lenda que era, com o apoio da torcida que o reconhecera como campeão e um verdadeiro Brucutu que já agüentou muitas porradas e deu muitas porradas em muitos caras. 


Um salve a Mirko Crocop, um cara que de tão brucutu já perdeu luta desclassificado por pôr em risco a vida do adversário e mesmo assim era tão foda que até a torcida adversária o apoiava.


Texto por: Raphael Henrique Prejioni 

4 comentários:

  1. yuri paz disse...:

    q isso em fera, filosofou!!

  1. Leandro disse...:

    Até achei estranho o post, mas aí vi que não foi do Brucutu hehehheh

  1. Anônimo disse...:

    qual é o modelo que vcs usam no desing do site de vcs????porfavor respondam

  1. Os Brucutus disse...:

    Você está postando como anonimo. Deixe um contato direto pra que possamos responder.

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